Este estudo teve como objetivo verificar a ocorrência de estresse e relações com coping e resiliência, fazendo a relação com dados epidemiológicos da população. Observou-se ausência de correlações entre determinado horário de trabalho e estresse. A maior parte da população apresenta nível de estresse ou de estresse elevado. Existe correlação negativa entre estresse e resiliência, indicando que quanto menor a resiliência maior o estresse, e correlação positiva entre resiliência e estratégias funcionais em coping. Existe correlação entre estratégias disfuncionais e estresse. Entre as estratégias disfuncionais predomina o fator “fuga e esquiva”.
Para cada ação realizada pela primeira vez, o cérebro constrói um “caminho neuronal”. Perante a repetição dessa ação, o cérebro vai entender que aquela ação é necessária, sendo desta forma reforçado o caminho neuronal, através da passagem de impulsos elétricos/químicos recorrentes e constantes, tornando-se um automatismo, passando a informação do neocórtex para o cérebro dos mamíferos inferiores ou réptiliano, responsáveis pelos automatismos e hábitos. Existe um circuito neuronal que causa ansiedade quando respiramos de uma determinada forma e tranquilidade quando respiramos de outra. É neste ponto que entra a reeducação respiratória. Um indivíduo reeducado é um indivíduo com mais vitalidade e capacidade de resposta aos desafios e pressões externas, como por exemplo perante um contexto causador de stresse.
O comportamento humano em situações de emergência é estudado não só por modelos de natureza qualitativa, mas também por modelos matemáticos que tentam recriar a movimentação pedonal. Atualmente ainda existem variáveis desconhecidas, tais como por exemplo condições psicossociais (stresse e tensão) que ocorrem no decurso na emergência. Em Portugal, está em desenvolvimento um protótipo utilizando Jogos Sérios, focando-se na formação e treino dos ocupantes em ambiente de simulacros de evacuação virtuais, com o objetivo de bombeiros e outras forças de emergência desenvolverem planos e estratégias mais eficientes em evacuação.
Conhecer o stress ocupacional é saber actuar sobre ele! A intervenção poderá ser realizada a três níveis: primária, secundária e terciária.
Falta acção a Portugal, embora se preocupe com os novos riscos emergentes! Portugal ocupa o 1.º lugar dos países EU-27 ao nível da preocupação com as questões do stress no trabalho e violência ou ameaça no trabalho e o 2.º lugar ao nível da intimidação ou assédio no trabalho, mas encontra-se em 26.º lugar ao nível da % de procedimentos implementados.
O stress intenso e de duração prolongada influencia a resposta imunitária, ou seja, processos mentais podem interferir com processos biológicos. Temos exemplos disso, a reactivação de vírus latentes (Vírus Herpes simplex), o atraso do processo de cicatrização de feridas, ou mesmo a evolução de determinadas doenças, entre outros.
A vivência das experiências traumáticas, pode constituir uma ameaça para a vida, segurança e bem-estar do próprio bombeiro.
Os profissionais de saúde de oncologia apresentam maior percepção de vulnerabilidade ao stress. Por isso, desenvolvem um certo distanciamento, evitando envolver-se emocionalmente com os doentes. Os mecanismos de defesa que adoptam trazem benefícios para a organização, para eles próprios e para os doentes.